Esse texto é para os interessados em completar o período introdutório e aos monitores que querem ajudar os novos membros. Partes foram retiradas do livro "Tropa Escoteira em Ação".
Requisitos:
1- Conhecer a estrutura da tropa escoteira;
2- Conhecer os membros da minha patrulha e seus encargos;
3- Entender e usar o lema Escoteiro, o sinal, a saudação e o aperto de mão;
4- Reconhecer os sinais manuais e os apitos de comandos;
5- Saber o grito da patrulha e seu significado;
6- Conhecer o uniforme escoteiro e o significado dos seus distintivos;
7- Conhecer o sistema de progressão escoteiro;
8- Saber como hastear e arriar a Bandeira Nacional;
9- Conhecer os aspectos mais importantes da história do escotismo e do seu fundador;
10- Conhecer a lei e a promessa escoteira.
Como fazer:
1- Cada escoteiro faz parte de uma patrulha. A patrulha deve conter entre 4 e 8 membros, e cada patrulha tem a sua própria individualidade, identidade, símbolos e atividades. Várias patrulhas juntas formam a tropa, que deve ter de 2 a 4 patrulhas. Ela também precisa de órgãos internos, como: a Corte de Honra, a Assembleia de Tropa e o Conselho de Patrulha. A Assembleia de Tropa envolve todos os membros da Tropa Escoteira, e a Corte de Honra só envolve os monitores.
2- Cada membro da patrulha tem pelo menos um encargo, como: administrador, tesoureiro, secretário, almoxarifado, e outros. No caso da nossa patrulha, os encargos estão disponíveis em:
http://patrulhaaguiageu.blogspot.com.br/2013/08/ata-da-reuniao-de-patrulha-de-1882013.html
3- Lema: Sempre Alerta.
Está estreitamente ligado à promessa, que tem dever base de não esquecer,os do nosso compromisso com a Lei Escoteira.
O Sinal Escoteiro:
É feito com uma mão direita, com os dedos indicador, médio e anular estendidos e unidos, permanecendo o polegar sobre a unha do dedo mínimo. Os três dedos estendidos representam as três partes da Promessa Escoteira, e o dedo mínimo e o polegar unidos significam que os mais fortes protegem os mais fracos.
O Sinal de Promessa:
É feito elevando-se a altura do ombro, com o antebraço dobrado, a mão direita formando o Sinal Escoteiro. É usado apenas na cerimônia de Promessa.
A Saudação:
É feita com a mão direita, com o Sinal Escoteiro, levantada até a fronte, com uma palma virada para a frente. Parece, mas não é uma continência como fazem os militares. É simplesmente uma forma simpática de saudar os outros membros da nossa fraternidade mundial.
Também se faz a Saudação durante as cerimônias de hasteamento e arriamento da Bandeira Nacional, na execução do Hino Nacional Brasileiro quando esse é somente tocado e também para cumprimentar
as autoridades. Quando o Hino Nacional é cantado, ficamos apenas em posição ereta, como os braços ao longo do corpo.
Quando portando o bastão (os monitores, por exemplo, com o bastão totem) faz-se a saudação parado, com o bastão na vertical ao longo do corpo, com o sinal escoteiro feito pela mão esquerda, dobrando o braço na horizontal e levando-se a mão esquerda ao bastão, na altura do cotovelo direito.
O Aperto de Mão:
É um sinal de reconhecimento mútuo, usado por todos os membros da família escoteira; é feito com a mão esquerda, os três dedos médios separados do polegar e do mínimo, este último entrelaçado com o do companheiro. Ao trocarem o aperto de mão, ambos enunciam seus lemas. Existem muitas lendas sobre a origem desta prática. A mais convincente provém da tradição Ashanti, cujos guerreiros costumavam se cumprimentar com a mão direita para não soltar o escudo protetor que levavam a mão esquerda, salvo quando se encontravam com um amigo em quem podiam confiar, permitindo-se largar o escudo e saudar com a mão esquerda em sinal de que, diante dessa pessoa, não tinham receio de se mostrar desprotegidos.
4- SINAIS MANUAIS:
Atenção:
O chefe ergue o braço com o sinal escoteiro. Todos ficam em silêncio e prestam atenção.
Firmes e descansar:
Firmes: o chefe ergue lateralmente o braço e o traz de volta junto ao corpo, enquanto seus pés se unem também. Todos ficam em posição de “firmes”. Descansar: o chefe afasta lateralmente o braço e o traz de volta para suas costas, onde a mão se une a outra, ao mesmo tempo em que seus pés se abastam. Todos ficam em posição de “descansar”
Formar por Patrulhas:
O chefe chama a Tropa e se posiciona com os dois braços estendidos à frente. As patrulhas forma atrás de seus monitores, com os submonitores no final. Fila Indiana: O chefe estende o braço direito à frente, e a Tropa forma em fila indiana, por patrulhas, com os monitores à frente e os submonitores no final. Formar em Círculo: O chefe balança os braços ao redor do seu corpo, e a Tropa forma em torno dele, por patrulha, com os monitores a frente e os submonitores no final.
Formar em Ferradura:
O chefe faz com os braços o formato de uma ferradura, e a Tropa forma desta forma, por patrulha, com os monitores a frente e os submonitores no final. Formação em linha: O chefe estende os dois braços lateralmente, e a Tropa forma uma linha a sua frente, com metade das patrulhas para a esquerda e metade para a direita.
Debandar:
O chefe cruza os braços três vezes a sua
frente, e todos dão um passo a frente,
fazem a saudação e gritam “Sempre
Alerta!”
APITOS:
3 Silvos Longos – é uma chamada geral. Todos correm até o chefe que fez a chamada, e as patrulhas se formam de acordo com a orientação (ou sinal manual) do chefe.
2 Silvos Longos – é a chamada de monitores, que devem correr até onde está o chefe que chamou e se apresentarem.
1 Silvo Longo – é usado nos acampamentos para chamar os intendentes das patrulhas, seja para distribuir a alimentação ou algum material.
5- Na nossa patrulha, o grito é: Voando com garras sem temer, nosso dever é ajudar você.
6- O traje e o uniforme são nossas vestimentas. São elas que nos identificam em qualquer lugar do mundo. No Brasil, devemos usar um ou outro, e a opção é livre a qualquer Grupo Escoteiro. Mas, independente da vestimenta adotada, a apresentação pessoal é muito importante: uma pessoa bem arrumada inspira sempre confiança e admiração. O Escoteiro deve manter-se sempre bem uniformizado ou trajado. O lenço escoteiro, que você recebe na Cerimônia de Integração, contém as cores e o emblema do seu Grupo Escoteiro. Quem tem igual é porque compartilha ou compartilhou do mesmo espaço que você, ou seja, podemos dizer que é da mesma família. Você verá lenços de muitas cores e tipos. Mas, usando ele encontrará sempre um escoteiro muito orgulhoso. O Lenço também será um grande “companheiro de aventuras”. Nem sempre, quando estamos acampando, portamos uniforme ou o traje completo durante todo o tempo, mas, não largamos nosso lenço! Além de permitir a fácil identificação de um escoteiro ele é útil, pois com ele temos uma proteção a mais contra o sol e podemos, em caso de emergência, fazer talas e tipóias, transportar peso, construir uma maca, etc. No Movimento Escoteiro existem três Modalidades: a do Mar, do Ar e Básica, cada uma com seu uniforme. Essas modalidades surgiram há algum tempo e buscam dar uma maior ênfase alguns ambientes, técnicas e conteúdos. E tudo isso acontece no meio das atividades escoteiras (campismo, pioneiras, acampamentos), ou seja, somos todos escoteiros!
7- A progressão pessoal é uma referência que serve para saber o que você aprendeu, quais coisas você ainda deve aprender, o quanto cresceu... E, no Movimento Escoteiro aprende-se:
• Pela participação em atividades diversas - Quanto maior for a variedade de atividades em que você participar (jogar, investigar, construir, prestar serviços, explorar...), maior será a possibilidade de você aprender coisas que o ajudarão a progredir. É importante que você se anime em participar de todos os tipos de atividade, mesmo naquelas que parecerem, num primeiro momento, chatas ou muito complicadas.
• Com atividades junto aos outros - Depois de compartilhar atividades com seus amigos da patrulha, com companheiros da tropa, você aprende que há diferentes visões sobre os acontecimentos; que há diversas soluções para um determinado problema, que nem todos conseguem realizar as mesmas tarefas que você. Por isso, interagir com a maior quantidade possível de pessoas nos torna uma pessoa melhor.
• Com atividades dentro e fora do Movimento - Nós aprendemos o tempo todo. E, mesmo quando estamos em casa, na escola ou em atividades extras (como aulas de natação ou de línguas)aprendemos coisas que podem nos ser úteis no Movimento Escoteiro. E, vice-versa! O seu professor de Judô pode examinar os itens de sua especialidade de Artes Marciais; quando você aprende a calcular alturas, esta informação pode lhe ser útil em uma aula de física ou matemática.
• Fazendo coisas no dia-a-dia e não fazendo provas - Ao contrário da escola, você não precisa demonstrar o que aprendeu com a realização de testes ou exames; Mas, realizando atividades! Por exemplo: como verificar se você conhece a Lei Escoteira? Ensinando-a corretamente a um
escoteiro novato! Como saber se você aprendeu os sinais de pista? Montando um trajeto ou seguindo (sem se perder!) uma trilha com sinais numa floresta. Como saber se você sabe fazer pionerias? Montando uma mesa firme, um porta-ferramentas seguro, um pórtico (portal) bonito, etc, num acampamento de patrulha ou tropa!
• Realizando atividades com sucesso, mas também quando as atividades não acontecem como planejamos - Como não existem provas, você também não terá notas ruins por ter errado, por isso não precisa ter medo de tentar. Se você se esforçar e fizer o seu melhor possível, com certeza você perceberá onde, por que errou, agirá de maneira diferente em uma outra oportunidade e partirá mais confiante para o próximo desafio!
Tá, ok... mas, como o Movimento Escoteiro demonstra o que você aprendeu de todas as formas acima citadas? Se não tem boletim, então ninguém fica sabendo? Não é bem assim... No Movimento Escoteiro marcamos nosso aprendizado por Distintivos de Progressão, que são quatro: Pistas, Trilha, Rumo e Travessia , e que se completa com o Distintivo de Escoteiro Lis de Ouro. Você saberá pelo seu Chefe qual distintivo de progressão receberá após o “Período Introdutório”.
8- As cerimônias de Hasteamento e Arriamento são importantes formas de expressar nosso respeito à nossa pátria. Por isso, todos os Grupos Escoteiros costumam começar suas atividades com uma cerimônia especial, na qual todos demonstram respeito. Antes da cerimônia de Hasteamento começar as bandeiras já devem estar preparadas nos mastros. A Bandeira Nacional deve ocupar sempre posição de destaque, sendo colocada no mastro mais alto ou, caso os mastros tenham a mesma altura, deve ocupar o centro do conjunto (número ímpar de mastros) ou o primeiro mastro à direita.. Por direita entenda-se o lado direito de “uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a platéia ou de modo geral, para o público que observa o dispositivo.”.
Pode-se seguir com a mesma lógica para se posicionar as demais bandeiras que os Grupos Escoteiros costumam incluir nas cerimônias de hasteamento e arriamento, deixando as bandeiras mais importantes (na seqüência: Estado, Município, WOSM, GE, Seções, etc.) em mastros mais próximos da Bandeira Nacional. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o tope e a ultima a dele descer.
Estas cerimônias podem acontecer a qualquer hora do dia ou da noite, desde que a Bandeira Nacional esteja devidamente iluminada. Tradicionalmente fazemos o hasteamento com duas pessoas, um com as costas junto ao mastro e o outro a alguns passos a sua frente, formando com a adriça um algo como um triângulo retângulo. A Bandeira deve fazer parte do triângulo, mas caso seja muito grande o jovem pode apoiá-la no braço, apenas para que não arraste no chão. Quando o chefe que estiver dirigindo a cerimônia determinar, todos voltam à posição “firmes” e a adriça é presa ao mastro. Aqueles que a içaram colocam-se de frente para a Bandeira, fazem a saudação escoteira e retornam as suas patrulhas. O jovem que está com a Bandeira Nacional anuncia ao Chefe que a bandeira está pronta para ser içada. Quando o Chefe que estiver dirigindo a cerimônia determinar, todos ficam em posição “firmes”, saúdam a Bandeira com a Saudação Escoteira, e ela será içada até o alto do mastro. É importante salientar que, caso estejam sendo hasteadas várias bandeiras, a Bandeira Nacional deve ser a primeira a chegar no topo do mastro.
O arriamento pode acontecer a qualquer hora do dia ou da noite, desde que a Bandeira Nacional esteja devidamente iluminada. Ao início, as pessoas que farão o arriamento fazem a saudação à bandeira, e posicionam-se, um com as costas junto ao mastro e outro mais distante, formando com a adriça um triângulo retângulo. O jovem que está de frente para o mastro anuncia ao Chefe que a bandeira está pronta para ser arriada Conforme o chefe que estiver dirigindo a cerimônia determinar, todos ficam em posição “firmes”, fazem a saudação escoteira e a bandeira descerá através da adriça até as mãos do jovem que está posicionado frente para o mastro.. É importante salientar que, caso existam outras bandeiras, a Bandeira Nacional deve ser a última a chegar em baixo. Da mesma forma que no arriamento a Bandeira deve fazer parte do triângulo. Quando o escotista que estiver dirigindo a cerimônia determinar, todos voltam à posição de “firmes”. Em seguida a bandeira é solta da adriça, dobradas de maneira adequada e aqueles que participaram do arriamento voltam a suas patrulhas.. É importante ressaltar que alguns Grupos Escoteiros possuem suas tradições e costumes em relação a estas cerimônias. Por isso, converse com seu monitor ou com seus chefes para saber exatamente como elas acontecem no seu Grupo. A Bandeira Nacional, no arriamento, após ser retirada do mastro, é dobrada da seguinte forma:
1. Dobrar ao meio em seu sentido longitudinal, ficando para baixo a parte em que aparecem a estrela isolada e a parte de Ordem e Progresso;
2. Dobrada ao meio, novamente no seu sentido longitudinal, ficando voltada para cima a parte em que aparece a ponta de um dos ângulos do losango amarelo;
3. A seguir dobrar no seu sentido transversal, em três partes, com as duas partes extremas dobrando por baixo,
4. Ao final da dobragem, a Bandeira Nacional apresenta a maior parte da escrita para cima;
9- Um dia, em meados de junho de 1907, B-P enviou cartas a diversas
famílias, pais de meninos de 11 e 12 anos de idade, velhos amigos do Exército, pais de membros da Companhia de Brigada de Rapazes (movimento juvenil já existente à época), jovens de escolas secundarias do Governo, empregados em fazendas ou filhos de operários convidando-os para uma atividade que se tornaria o primeiro Acampamento Escoteiro realizado. Nessas cartas, ele dizia: ‘’Me proponho a realizar um acampamento com 18 garotos para aprender exploração, durante uma semana, nas férias de agosto’’. O local escolhido para o primeiro acampamento foi a Ilha de Brownsea, na Inglaterra.
Alguns meses depois, em janeiro de 1908, B-P publicou os fascículos do “Escotismo para Rapazes”, vendido em tiragens quinzenais, e que se revelou um sucesso, com os jovens se organizando em patrulhas para realizar as atividades sugeridas. Em maio daquele ano B-P lançou uma edição completa, na forma de livro.
Foram os próprios jovens que começaram o Movimento Escoteiro, reunindo-se em Patrulhas, e só depois surgiram as Tropas, os Grupos Escoteiros e as Associações. O Movimento Escoteiro se expande. Em 1910 já existiam mais de 100 mil escoteiros no Reino Unido. A tradução do “Escotismo para Rapazes” para vários idiomas e as viagens de B-P ajudaram a difundir o Movimento Escoteiro, que se transformou de uma iniciativa para jovens britânicos em um movimento mundial. Além dos meninos o Escotismo atraiu a participação de meninas, que já em 1909 pediram a B-P que as aceitasse como “Girl Scouts”, e logo o Movimento abriu suas portas para elas. Também as crianças mais novas queriam participar, e Baden- Powell criou o Ramo Lobinho. E daí em diante, até sua morte, o Fundador dedicou-se a organizar e ampliar o Escotismo em todo o Mundo.
No Brasil, o Movimento Escoteiro chega em 1910, por meio de um grupo de suboficiais da Marinha, lotados no navio ‘’Minas Gerais’’, que haviam tido contato com o Movimento Escoteiro, recém-criado por B-P, na Inglaterra, e ao retornar fundaram o ‘’Centro de Boys Scouts do Brasil”, no Rio de Janeiro.
Em 1914 foi fundada em São Paulo a ‘’Associação Brasileira de Escoteiros’’, e através da orientação dessa entidade se propagou o Movimento Escoteiro em todos os Estados do País. Outras associações foram fundadas na seqüência, até que, em 1924, as principais delas se reuniram e fundaram a União dos Escoteiros do Brasil, reconhecida por Baden-Powell como a única organização escoteira em nosso país.
10- Promessa: Prometo pela minha honra
Fazer o melhor possível para
Cumprir meus deveres para com Deus e minha Pátria
Ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião
Obedecer à Lei Escoteira
1. O escoteiro tem uma só palavra, sua honra vale mais que a própria vida.
2. O escoteiro é leal.
3. O escoteiro está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica diariamente uma boa ação.
4. O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros.
5. O escoteiro é cortês.
6. O escoteiro é bom para os animais e as plantas.
7. O escoteiro é obediente e disciplinado.
8. O escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades.
9. O escoteiro é econômico e respeita o bem alheio.
10. O escoteiro é limpo de corpo e alma.
Agradeço a atenção.
Sempre Alerta!